terça-feira, 29 de março de 2011
Feira de Turismo
A Feira de Turismo, organizada pelo 3º ano, no âmbito do módulo de Marketing Turísitico, será na 5ª feira, dia 31 de Março, pelas 15h00.
quinta-feira, 24 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
Visita de Estudo
No dia 22 de Março, os alunos do 1º e do 2º anos vão realizar uma visita de estudo a Vila do Conde e à Póvoa de Varzim. A manhã será dedicada "à descoberta do litoral de Vila de Conde", tendo como ponto de partida o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental e, a tarde, será dedicada ao turismo rural, com a visita ao Ecomuseu de S.Pedro de Rates.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Interfaces_ Agricultura, Sustentabilidade e Turismo
Interfaces_ Agricultura, Sustentabilidade e Turismo
Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento – Santo Tirso
15. 16. 17. Fevereiro. 2011
Nos dias 15 (terça), 16 (quarta) e 17 (quinta) de Fevereiro realizou-se o seminário subordinado ao tema “Interfaces_ Agricultura, Sustentabilidade e Turismo”.
O seminário, organizado pelos Cursos Profissionais da escola, teve como objectivo fomentar discussões nas temáticas, Agricultura, Ambiente e Turismo. Os painéis incluídos no seminário destacaram o desenvolvimento rural e ambiental, a produção, comercialização e valorização de produtos endógenos e as práticas empresariais ecológicas e sustentáveis. O seminário pretendeu estimular e sensibilizar os participantes para uma atitude de maior responsabilidade ecológica e de “sustentabilidade” comportamental a aplicar nas práticas diárias, sociais e de lazer.
O Seminário teve como destinatários um público-alvo que abarca os estudantes da escola, empresários e profissionais das áreas de turismo, ambiente e agricultura.
Ao longo dos três dias registou-se uma forte adesão mobilizando a participação de 13 turmas (196 alunos), 18 oradores e 44 profissionais (professores, técnicos e convidados).
Resumo dia 15 (Manhã)
No dia 15 de Fevereiro, pelas, 9:00 horas, deu-se início ao seminário Interfaces – Agricultura, Sustentabilidade e Turismo, o qual decorreu no Salão Nobre da Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento. Após a sessão de abertura que contou com a presença da Vereadora da Educação, Eng.ª Ana Maria e o representante da DREN, Dr. Paulo Antunes, deu-se início ao primeiro painel com a apresentação da Eng.ª Sónia Almeida, licenciada em Engenharia Florestal, que deu a conhecer a ADERE -Associação de Desenvolvimento das Regiões do Parque Nacional da Peneda Gerês, entidade privada sem fins lucrativos, que desenvolve a sua actividade nas regiões dos cinco concelhos abrangidos pelo Parque Nacional da Peneda Gerês. A sua actuação centra-se no desenvolvimento de projectos financiados pela Comunidade Europeia e pelo Estado Português, com o intuito de contribuir para a melhoria das condições de vida das populações residentes e para a valorização e conservação do Património Natural e Construído. A ADERE possui uma equipa jovem, dinâmica e multidisciplinar, que concentra o seu trabalho em vários projectos. Um destes projectos consistiu na recuperação e valorização do património, da paisagem e dos núcleos populacionais em meio rural. Conseguiram recuperar três aldeias. Outro projecto foi a dinamização do apoio ao desenvolvimento sustentável da área do Parque Nacional Peneda do Gerês, tendo como base a orientação da carta europeia do turismo sustentável. São desenvolvidos outros projectos como ”Parques com Vida”, a organização de feiras e festivais. O trabalho de parceria entre o parque Natural Xurês-Gerês surtiu efeitos com a implementação de um trilho pedestre transfronteiriço, a realização de eventos nos centros de interpretação, a edição de boletins informáticos, a criação de guias e monitores ambientais, a participação em conjunto em feiras e eventos, promoção de alojamentos turísticos galegos e intercâmbio experiencial com a população local.
A apresentação da Central de Reservas da ADERE foi da responsabilidade do Eng. Vítor Sousa, licenciado em Engenharia Zootécnica, que deu a conhecer as linhas de acção da oferta turística de alojamento integrado do Parque Nacional Peneda Gerês. A Central de reservas tem 130 empreendimentos e 830 camas. As suas tipologias são os parques de campismo, o turismo de habitação, turismo em espaço rural (agro turismo, casas de campo e hotéis rurais), alojamento local e tem vindo a implementar um novo software de gestão de reservas, optando pelas novas tecnologias.
No final da manhã, conhecemos a dinâmica da Associação Regional de Desenvolvimento do Alto Lima (ARDAL), pelo Eng. Jorge Miranda, licenciado em engenharia zootécnica e coordenador desta associação sem fins lucrativos que tem como objectivos promover a plena valorização dos recursos humanos e naturais do concelho de Arcos de Valdevez e o Desenvolvimento Local, entendido como processo de melhoria das condições culturais e materiais de vida, através de iniciativas de natureza comunitária. Apresentou os produtos tradicionais de Arcos de Valdevez, um município rural e referiu que no catálogo internacional de slow-food encontram-se seis produtos portugueses sendo três deles de Arcos de Valdevez. Após este painel seguiu-se um pequeno debate.
Resumo dia 15 (Tarde)
No período da tarde, houve lugar para a realização de duas visitas integradas na Rota Gourmet, ambas no concelho de Lousada. Um grupo visitou a Casa de Juste, situada na Freguesia de Aparecida, e outro visitou a Quinta da Magantinha sediada em S. Miguel.
A Casa de Juste remonta aos primórdios da nacionalidade Portuguesa, sendo que existem registos desde o início do século XIII. Em 1991 a casa foi doada por Gonçalo Coutinho Osório aos seus filhos e actuais proprietários, Ana Osório e Fernando Guedes. Estes Proprietários iniciaram um processo de recuperação, com vista à adaptação para turismo, eventos e a construção de uma empresa de produtos alimentares, com características Gourmet, elaborados a partir de receitas tradicionais da casa. Foi realizada uma visita guiada à casa principal, à capela, às salas de jantar e de estar, aos jardins da quinta e à exploração agrícola.
A Quinta da Magantinha, é uma empresa, de produção e transformação de fruta sediada em S. Miguel, onde habita o Casal Monteiro e família.
Com muita simpatia contaram-nos como deram asas ao seu sonho, vendendo tudo o que tinham em Custóias para se dedicarem em 1995 à recuperação da quinta e actual casa onde consta que, em tempos, se refugiou o Zé do Telhado e Magantinha. Foi realizada uma visita à Quinta e exploração agrícola.
Estas visitas proporcionaram o contacto com o alojamento, o lugar, a história, as pessoas e os produtos tradicionais que trocam sinergias com um público que procura viver experiências únicas. A degustação de alguns produtos Gourmet produzidos e comercializados em cada uma das casas fez no final da tarde a delícia de todos.
Resumo dia 16 (Manhã)
A manhã do segundo dia do Seminário Interfaces – Agricultura, Sustentabilidade e Turismo foi dedicada à Água. A problemática da qualidade da água foi abordada pela Dra. Ana Margarida Heitor, da Administração Regional de Saúde do Norte, que chamou a atenção para a importância de tomarmos atitudes que não comprometam a qualidade da água, para a necessidade da existência de um rigoroso controlo da sua qualidade a nível químico, biológico e microbiológico e para os efeitos nefastos de determinados contaminantes para a saúde pública.
A Engª Paula Silva da empresa Pascoal (área alimentar) deixou-nos um testemunho sobre as dificuldades encontradas na implementação de sistemas de Gestão Ambiental a nível empresarial. A consciência da necessidade da preservação ambiental não é, por si só, um incentivo suficientemente forte para tomarmos atitudes mais eco-eficientes. A nível empresarial é importante associar à preservação ambiental uma valorização económica para que as atitudes sustentáveis sejam adoptadas. É, também, essencial existir um incentivo contínuo às boas práticas ambientais. A água, a energia e a gestão de resíduos são os aspectos mais importantes a considerar, quando o objectivo é tornar a empresa mais sustentável.
Após uma breve pausa foi a vez do Prof. Nuno Moreira, professor catedrático da UTAD, falar sobre a influência dos efluentes agro-pecuários na contaminação da água, alertando para a importância do correcto armazenamento e eliminação desses efluentes, bem como dando indicações práticas de como ser mais eficiente. Valorizou a importância da aplicação de fertilizantes orgânicos porque, para além de serem suficientes para satisfazer as necessidades dos solos e das culturas são mais económicos e amigos do ambiente ao permitir valorizar economicamente resíduos e resolver problemas associados ao armazenamento e eliminação destes.
Na manhã de 4ª feira houve sem dúvida uma boa contribuição para a formação e sensibilização para a problemática da preservação da qualidade da água e para a importância de gerir convenientemente os resíduos poluentes decorrentes de actividades produtivas
Resumo dia 16 (Tarde)
No âmbito do seminário “Interfaces: Agricultura, Sustentabilidade e Turismo”, foi abordada no segundo dia do seminário (16 Fevereiro) a temática e problemática da Água, ao abrigo da qual se dinamizou um painel no domínio do Turismo de Saúde e Bem-Estar, uma vez que é das águas minerais naturais que deriva este produto, sendo o Norte de Portugal detentor de um grande potencial de recursos termais.
O Painel começou por ser dinamizado pela Dra. Ana Ladeiras da Entidade Regional de Turismo Porto e Norte de Portugal, na qualidade de Gestora do Produto “Saúde e Bem-estar”, com uma intervenção subordinada ao tema “Estância Termal: Destino de Sáude e Bem-estar”. Desta intervenção retiraram-se importantes ilações:
- O Turismo de Saúde e Bem-estar é um dos produtos turísticos prioritários do Plano Estratégico Nacional de Turismo;
- Trata-se de um produto em que a motivação principal de quem o procura “é recuperar o bem-estar físico e psíquico”, segmentando-se em três componentes – turismo de saúde, bem-estar geral, bem estar especifico;
- Portugal dispõe de abundantes recursos termais e instalações de spa & wellness sofisticadas que potenciam o desenvolvimento deste sector;
- As estadias de saúde e bem-estar são de mais de 4 noites;
- O mercado de saúde e bem-estar continuará a crescer nos próximos anos, entre 5% e 10%/ano;
- A alteração do perfil do turista leva ao aumento do consumo de actividades de lazer e bem-estar.
Seguidamente, o Dr. Jorge Loureiro, Técnico de Balneoterapia, apresentou um exemplo de Boas Práticas e de Experiências de Saúde e Bem-estar, num empreendimento de referência neste sector que são as termas das Caldas da Saúde.
As Caldas da Saúde representam uma das empresas de termalismo, com elevada maturidade de mercado. Para além dos tratamentos termais, estão a expandir os seus serviços para a vertente SPA e Bem-estar.
Por último os alunos do terceiro ano do Curso Profissional Técnico de Turismo Ambiental e Rural, fizeram uma intervenção subordinada ao tema da Inovação e Boas Práticas Ambientais. Actualmente a preocupação com as questões ambientais nos empreendimentos turísticos, operacionaliza-se entre muitos outros aspectos com sistemas de certificação como o Eco Hotel, Rótulo Ecológico, Chave Verde, Prémios de Sustentabilidade Ambiental entre outros.
No domínio das Boas Práticas Ambientais e de Empreendimentos Turísticos que estão em sintonia com o ambiente, foi apresentado um Case Study – o ZMAR, Eco Campo Resort e SPA
O ZMAR é o primeiro parque de campismo em Portugal com Bangalows Ecológicos. Possui uma variedade de oferta de serviços, integrados no conceito ecológico, desde o alojamento, ao restaurante, parque aquático, actividades desporto aventura, centro de interpretação ambiental, até ao SPA. A certificação eco-hotel foi importantíssima pois permitiu: a gestão de consumos de água, a gestão de consumos de energias, a gestão de resíduos, entre outros aspectos como seja a utilização de materiais renováveis como pedra e madeira.
O ZMAR deverá ser um exemplo de benchmarking para outros empreendimentos turísticos, no domínio da sustentabilidade e boas práticas ambientais.
Resumo dia 17
Contando mais uma vez com o apoio, no secretariado, dos alunos do Curso de Turismo Ambiental e Rural, o dia foi dedicado à Sustentabilidade tendo sido focados os temas da gestão de resíduos na exploração agrícola e a eco-eficiência.
Os resíduos mais preocupantes numa exploração agrícola são os chorumes (mistura de estrume e água) produzidos em grandes quantidades nas exploração leiteiras intensivas do Entre Douro e Minho. Para diminuir os impactos ambientais, os mesmos devem ser colocados nos campos nos meses menos chuvosos e a sua aplicação deve ser feita por enterramento e não por espalhamento superficial, como é hábito. Foi disto que nos falou o Engº José Manuel Silva Lopes, mostrando várias soluções mecânicas para este procedimento e lembrando que, o ainda elevado custo destes equipamentos, pode ser superado pela associação de vários produtores e pela partilha dos mesmos.
Já ligada à eco eficiência tivemos o testemunho da Dr.ª CristianaTeixeira, técnica da empresa “Ecoinside”, que após uma introdução e sensibilização para os pequenos gestos quotidianos que melhoram a nossa eco-eficiência, nos apresentou um estudo de caso, relativo a uma unidade hoteleira onde, após uma análise da situação existente, foram implementadas soluções mais eficazes quer económica, quer energética, quer ambientalmente. Como exemplos temos a substituição do sistema de aquecimento para gás natural, autoclismo de dupla descarga ou a substituição de toalhas de mão em papel, por tolhas de pano.
Tivemos ainda o prazer de conhecer o trajecto de vida profissional de duas antigas alunas da nossa Escola que, de modo diferente, aplicam no seu dia a dia as boas práticas ambientais, norteadas sempre pela preocupação da Sustentabilidade. A primeira foi a Eng.ª Brígida Fonseca que é o exemplo vivo das Interfaces abordadas neste Seminário, uma vez que além de agricultora e criadora de gado de raça barrosã em modo de produção biológico, gere uma unidade de turismo em espaço rural e pertence a uma associação que promove e dá apoio a uma crescente aplicação das boas práticas ambientais. A Técnica Cristina Ferreira, trouxe-nos os projectos eco-sociais desenvolvidos pela Lipor, onde trabalha, de que são exemplo, entre outros, a Horta Pedagógica da Formiga e o Projecto Horta à Porta.
Encerrámos os trabalhos do dia e este Seminário com um Verde de Honra, servido com muita simpatia e profissionalismo pelos alunos do Curso de Restauração e Bar.
Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento – Santo Tirso
15. 16. 17. Fevereiro. 2011
Nos dias 15 (terça), 16 (quarta) e 17 (quinta) de Fevereiro realizou-se o seminário subordinado ao tema “Interfaces_ Agricultura, Sustentabilidade e Turismo”.
O seminário, organizado pelos Cursos Profissionais da escola, teve como objectivo fomentar discussões nas temáticas, Agricultura, Ambiente e Turismo. Os painéis incluídos no seminário destacaram o desenvolvimento rural e ambiental, a produção, comercialização e valorização de produtos endógenos e as práticas empresariais ecológicas e sustentáveis. O seminário pretendeu estimular e sensibilizar os participantes para uma atitude de maior responsabilidade ecológica e de “sustentabilidade” comportamental a aplicar nas práticas diárias, sociais e de lazer.
O Seminário teve como destinatários um público-alvo que abarca os estudantes da escola, empresários e profissionais das áreas de turismo, ambiente e agricultura.
Ao longo dos três dias registou-se uma forte adesão mobilizando a participação de 13 turmas (196 alunos), 18 oradores e 44 profissionais (professores, técnicos e convidados).
Resumo dia 15 (Manhã)
No dia 15 de Fevereiro, pelas, 9:00 horas, deu-se início ao seminário Interfaces – Agricultura, Sustentabilidade e Turismo, o qual decorreu no Salão Nobre da Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento. Após a sessão de abertura que contou com a presença da Vereadora da Educação, Eng.ª Ana Maria e o representante da DREN, Dr. Paulo Antunes, deu-se início ao primeiro painel com a apresentação da Eng.ª Sónia Almeida, licenciada em Engenharia Florestal, que deu a conhecer a ADERE -Associação de Desenvolvimento das Regiões do Parque Nacional da Peneda Gerês, entidade privada sem fins lucrativos, que desenvolve a sua actividade nas regiões dos cinco concelhos abrangidos pelo Parque Nacional da Peneda Gerês. A sua actuação centra-se no desenvolvimento de projectos financiados pela Comunidade Europeia e pelo Estado Português, com o intuito de contribuir para a melhoria das condições de vida das populações residentes e para a valorização e conservação do Património Natural e Construído. A ADERE possui uma equipa jovem, dinâmica e multidisciplinar, que concentra o seu trabalho em vários projectos. Um destes projectos consistiu na recuperação e valorização do património, da paisagem e dos núcleos populacionais em meio rural. Conseguiram recuperar três aldeias. Outro projecto foi a dinamização do apoio ao desenvolvimento sustentável da área do Parque Nacional Peneda do Gerês, tendo como base a orientação da carta europeia do turismo sustentável. São desenvolvidos outros projectos como ”Parques com Vida”, a organização de feiras e festivais. O trabalho de parceria entre o parque Natural Xurês-Gerês surtiu efeitos com a implementação de um trilho pedestre transfronteiriço, a realização de eventos nos centros de interpretação, a edição de boletins informáticos, a criação de guias e monitores ambientais, a participação em conjunto em feiras e eventos, promoção de alojamentos turísticos galegos e intercâmbio experiencial com a população local.
A apresentação da Central de Reservas da ADERE foi da responsabilidade do Eng. Vítor Sousa, licenciado em Engenharia Zootécnica, que deu a conhecer as linhas de acção da oferta turística de alojamento integrado do Parque Nacional Peneda Gerês. A Central de reservas tem 130 empreendimentos e 830 camas. As suas tipologias são os parques de campismo, o turismo de habitação, turismo em espaço rural (agro turismo, casas de campo e hotéis rurais), alojamento local e tem vindo a implementar um novo software de gestão de reservas, optando pelas novas tecnologias.
No final da manhã, conhecemos a dinâmica da Associação Regional de Desenvolvimento do Alto Lima (ARDAL), pelo Eng. Jorge Miranda, licenciado em engenharia zootécnica e coordenador desta associação sem fins lucrativos que tem como objectivos promover a plena valorização dos recursos humanos e naturais do concelho de Arcos de Valdevez e o Desenvolvimento Local, entendido como processo de melhoria das condições culturais e materiais de vida, através de iniciativas de natureza comunitária. Apresentou os produtos tradicionais de Arcos de Valdevez, um município rural e referiu que no catálogo internacional de slow-food encontram-se seis produtos portugueses sendo três deles de Arcos de Valdevez. Após este painel seguiu-se um pequeno debate.
Resumo dia 15 (Tarde)
No período da tarde, houve lugar para a realização de duas visitas integradas na Rota Gourmet, ambas no concelho de Lousada. Um grupo visitou a Casa de Juste, situada na Freguesia de Aparecida, e outro visitou a Quinta da Magantinha sediada em S. Miguel.
A Casa de Juste remonta aos primórdios da nacionalidade Portuguesa, sendo que existem registos desde o início do século XIII. Em 1991 a casa foi doada por Gonçalo Coutinho Osório aos seus filhos e actuais proprietários, Ana Osório e Fernando Guedes. Estes Proprietários iniciaram um processo de recuperação, com vista à adaptação para turismo, eventos e a construção de uma empresa de produtos alimentares, com características Gourmet, elaborados a partir de receitas tradicionais da casa. Foi realizada uma visita guiada à casa principal, à capela, às salas de jantar e de estar, aos jardins da quinta e à exploração agrícola.
A Quinta da Magantinha, é uma empresa, de produção e transformação de fruta sediada em S. Miguel, onde habita o Casal Monteiro e família.
Com muita simpatia contaram-nos como deram asas ao seu sonho, vendendo tudo o que tinham em Custóias para se dedicarem em 1995 à recuperação da quinta e actual casa onde consta que, em tempos, se refugiou o Zé do Telhado e Magantinha. Foi realizada uma visita à Quinta e exploração agrícola.
Estas visitas proporcionaram o contacto com o alojamento, o lugar, a história, as pessoas e os produtos tradicionais que trocam sinergias com um público que procura viver experiências únicas. A degustação de alguns produtos Gourmet produzidos e comercializados em cada uma das casas fez no final da tarde a delícia de todos.
Resumo dia 16 (Manhã)
A manhã do segundo dia do Seminário Interfaces – Agricultura, Sustentabilidade e Turismo foi dedicada à Água. A problemática da qualidade da água foi abordada pela Dra. Ana Margarida Heitor, da Administração Regional de Saúde do Norte, que chamou a atenção para a importância de tomarmos atitudes que não comprometam a qualidade da água, para a necessidade da existência de um rigoroso controlo da sua qualidade a nível químico, biológico e microbiológico e para os efeitos nefastos de determinados contaminantes para a saúde pública.
A Engª Paula Silva da empresa Pascoal (área alimentar) deixou-nos um testemunho sobre as dificuldades encontradas na implementação de sistemas de Gestão Ambiental a nível empresarial. A consciência da necessidade da preservação ambiental não é, por si só, um incentivo suficientemente forte para tomarmos atitudes mais eco-eficientes. A nível empresarial é importante associar à preservação ambiental uma valorização económica para que as atitudes sustentáveis sejam adoptadas. É, também, essencial existir um incentivo contínuo às boas práticas ambientais. A água, a energia e a gestão de resíduos são os aspectos mais importantes a considerar, quando o objectivo é tornar a empresa mais sustentável.
Após uma breve pausa foi a vez do Prof. Nuno Moreira, professor catedrático da UTAD, falar sobre a influência dos efluentes agro-pecuários na contaminação da água, alertando para a importância do correcto armazenamento e eliminação desses efluentes, bem como dando indicações práticas de como ser mais eficiente. Valorizou a importância da aplicação de fertilizantes orgânicos porque, para além de serem suficientes para satisfazer as necessidades dos solos e das culturas são mais económicos e amigos do ambiente ao permitir valorizar economicamente resíduos e resolver problemas associados ao armazenamento e eliminação destes.
Na manhã de 4ª feira houve sem dúvida uma boa contribuição para a formação e sensibilização para a problemática da preservação da qualidade da água e para a importância de gerir convenientemente os resíduos poluentes decorrentes de actividades produtivas
Resumo dia 16 (Tarde)
No âmbito do seminário “Interfaces: Agricultura, Sustentabilidade e Turismo”, foi abordada no segundo dia do seminário (16 Fevereiro) a temática e problemática da Água, ao abrigo da qual se dinamizou um painel no domínio do Turismo de Saúde e Bem-Estar, uma vez que é das águas minerais naturais que deriva este produto, sendo o Norte de Portugal detentor de um grande potencial de recursos termais.
O Painel começou por ser dinamizado pela Dra. Ana Ladeiras da Entidade Regional de Turismo Porto e Norte de Portugal, na qualidade de Gestora do Produto “Saúde e Bem-estar”, com uma intervenção subordinada ao tema “Estância Termal: Destino de Sáude e Bem-estar”. Desta intervenção retiraram-se importantes ilações:
- O Turismo de Saúde e Bem-estar é um dos produtos turísticos prioritários do Plano Estratégico Nacional de Turismo;
- Trata-se de um produto em que a motivação principal de quem o procura “é recuperar o bem-estar físico e psíquico”, segmentando-se em três componentes – turismo de saúde, bem-estar geral, bem estar especifico;
- Portugal dispõe de abundantes recursos termais e instalações de spa & wellness sofisticadas que potenciam o desenvolvimento deste sector;
- As estadias de saúde e bem-estar são de mais de 4 noites;
- O mercado de saúde e bem-estar continuará a crescer nos próximos anos, entre 5% e 10%/ano;
- A alteração do perfil do turista leva ao aumento do consumo de actividades de lazer e bem-estar.
Seguidamente, o Dr. Jorge Loureiro, Técnico de Balneoterapia, apresentou um exemplo de Boas Práticas e de Experiências de Saúde e Bem-estar, num empreendimento de referência neste sector que são as termas das Caldas da Saúde.
As Caldas da Saúde representam uma das empresas de termalismo, com elevada maturidade de mercado. Para além dos tratamentos termais, estão a expandir os seus serviços para a vertente SPA e Bem-estar.
Por último os alunos do terceiro ano do Curso Profissional Técnico de Turismo Ambiental e Rural, fizeram uma intervenção subordinada ao tema da Inovação e Boas Práticas Ambientais. Actualmente a preocupação com as questões ambientais nos empreendimentos turísticos, operacionaliza-se entre muitos outros aspectos com sistemas de certificação como o Eco Hotel, Rótulo Ecológico, Chave Verde, Prémios de Sustentabilidade Ambiental entre outros.
No domínio das Boas Práticas Ambientais e de Empreendimentos Turísticos que estão em sintonia com o ambiente, foi apresentado um Case Study – o ZMAR, Eco Campo Resort e SPA
O ZMAR é o primeiro parque de campismo em Portugal com Bangalows Ecológicos. Possui uma variedade de oferta de serviços, integrados no conceito ecológico, desde o alojamento, ao restaurante, parque aquático, actividades desporto aventura, centro de interpretação ambiental, até ao SPA. A certificação eco-hotel foi importantíssima pois permitiu: a gestão de consumos de água, a gestão de consumos de energias, a gestão de resíduos, entre outros aspectos como seja a utilização de materiais renováveis como pedra e madeira.
O ZMAR deverá ser um exemplo de benchmarking para outros empreendimentos turísticos, no domínio da sustentabilidade e boas práticas ambientais.
Resumo dia 17
Contando mais uma vez com o apoio, no secretariado, dos alunos do Curso de Turismo Ambiental e Rural, o dia foi dedicado à Sustentabilidade tendo sido focados os temas da gestão de resíduos na exploração agrícola e a eco-eficiência.
Os resíduos mais preocupantes numa exploração agrícola são os chorumes (mistura de estrume e água) produzidos em grandes quantidades nas exploração leiteiras intensivas do Entre Douro e Minho. Para diminuir os impactos ambientais, os mesmos devem ser colocados nos campos nos meses menos chuvosos e a sua aplicação deve ser feita por enterramento e não por espalhamento superficial, como é hábito. Foi disto que nos falou o Engº José Manuel Silva Lopes, mostrando várias soluções mecânicas para este procedimento e lembrando que, o ainda elevado custo destes equipamentos, pode ser superado pela associação de vários produtores e pela partilha dos mesmos.
Já ligada à eco eficiência tivemos o testemunho da Dr.ª CristianaTeixeira, técnica da empresa “Ecoinside”, que após uma introdução e sensibilização para os pequenos gestos quotidianos que melhoram a nossa eco-eficiência, nos apresentou um estudo de caso, relativo a uma unidade hoteleira onde, após uma análise da situação existente, foram implementadas soluções mais eficazes quer económica, quer energética, quer ambientalmente. Como exemplos temos a substituição do sistema de aquecimento para gás natural, autoclismo de dupla descarga ou a substituição de toalhas de mão em papel, por tolhas de pano.
Tivemos ainda o prazer de conhecer o trajecto de vida profissional de duas antigas alunas da nossa Escola que, de modo diferente, aplicam no seu dia a dia as boas práticas ambientais, norteadas sempre pela preocupação da Sustentabilidade. A primeira foi a Eng.ª Brígida Fonseca que é o exemplo vivo das Interfaces abordadas neste Seminário, uma vez que além de agricultora e criadora de gado de raça barrosã em modo de produção biológico, gere uma unidade de turismo em espaço rural e pertence a uma associação que promove e dá apoio a uma crescente aplicação das boas práticas ambientais. A Técnica Cristina Ferreira, trouxe-nos os projectos eco-sociais desenvolvidos pela Lipor, onde trabalha, de que são exemplo, entre outros, a Horta Pedagógica da Formiga e o Projecto Horta à Porta.
Encerrámos os trabalhos do dia e este Seminário com um Verde de Honra, servido com muita simpatia e profissionalismo pelos alunos do Curso de Restauração e Bar.
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