quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Novos alunos de visita à mata e à exploração agrícola

No passado dia quinze de Setembro, por volta das 9:30h, a turma do primeiro ano do curso de Turismo Ambiental e Rural, da Escola Profissional Agrícola Conde São Bento, na aula de ADR módulo 1, foi visitar a exploração agro-pecuária e a mata da escola.
Ao longo do percurso a professora do módulo e nossa directora de curso ajudou-nos a recordar alguns conceitos e a relacioná-los com novos conhecimentos que iremos abordar ao longo do ano.
Começamos por visitar a vacaria, onde constatamos que as vacas eram todas da mesma espécie e da raça Holstein Frísia, destinadas à produção de leite e formam uma população – isto é, grupo de seres vivos da mesma espécie que vivem numa determinada área, num dado período de tempo. Identificamos diversas populações: vinha, rosas, kiwis, pinheiros, carvalhos, formigas, cavalos…
Na exploração agropecuária observamos o pomar de kiwis, a vinha e o roseiral onde se regista uma organização e uma forte intervenção do homem nestas culturas, em contraste com a paisagem natural da mata, onde a intervenção do homem é reduzida e a diversidade biológica é muito maior.

Fizemos uma visita às duas éguas (mãe e filha) da raça Garrano, autóctone das Serras da Peneda e do Gerês.

Na “mata” identificámos vários estratos, como o estrato herbáceo – onde se encontram as ervas, musgos, fetos, a erva da fortuna (infestante), o estrato arbustivo formado por arbustos e o estrato arbóreo onde se encontram as árvores – predominando os pinheiros, os carvalhos, sobreiros e em alguns locais o eucalipto.
Enquanto seguíamos na visita falámos dos factores abióticos, como a luz, a temperatura, a humidade, o solo e da forma como influenciam os seres vivos – por exemplo, nas plantas, a luz é muito importante, para ocorrer a fotossíntese e a temperatura tem influência nas migrações das andorinhas. Concluímos também que os seres vivos exercem influência sobre os factores abióticos – por exemplo as minhocas aumentam a porosidade dos solos, as copas das árvores afetam a luminosidade e humidade do local.
Assim, recordámos que ao conjunto formado por indivíduos de espécies diferentes interagindo entre si, numa determinada área, se dá o nome de comunidade. Por outro lado, as comunidades em interação com o meio físico ou biótopo formam os ecossistemas. Existem micro ecossistemas, como uma gota de água estagnada e os macro ecossistemas, que também se podem chamar biomas, como o deserto, a tundra, ou as florestas tropicais, mas o maior ecossistema que inclui todas as formas vivas existentes na terra é a biosfera ou ecosfera. Na enorme biodiversidade que apreciamos, existe uma unidade estrutural e funcional – todos os seres vivos são constituídos por células, desde os mais simples – unicelulares até aos mais complexos e uma organização biológica desde a célula, tecido, órgão, sistema de órgãos, organismo, população, comunidade, ecossistema, até à Biosfera.
Abordámos alguns factores que podem desequilibrar os ecossistemas pondo em risco a conservação das espécies e as estratégias para evitar a perda de biodiversidade.
Salientámos a importância da disciplina de ambiente e desenvolvimento rural para a formação de futuros técnicos de turismo ambiental e rural e de cidadãos conscientes e responsáveis pela sustentabilidade do ambiente.
Por fim, ao observarmos várias pinhas roídas, inferimos a presença de esquilos na mata e reparamos que em algumas árvores existem líquenes, que são associações de algas e fungos. Eles são muito importantes pois são indicadores biológicos ou ecológicos.
Ficamos a saber que a mata da escola, tem um local extremamente calmo sendo ele dedicado a uma professora de Biologia que terá falecido há pouco mais de um ano e para quem a mata tinha um significado especial.
Cerca de uma hora depois, terá terminado a nossa agradável visita, que dizemos desde já ter sido uma actividade interessante, tendo esta cativado a atenção da maioria dos alunos, senão mesmo de todos.


Os alunos do 1ºD

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